domingo, 29 de agosto de 2010

Helton: a braçadeira como prémio em troca da baliza inviolada

Helton herdou a braçadeira de capitão do F.C. Porto, face à saída de Bruno Alves para o Zenit, e tem justificado a aposta com várias exibições de bom nível. Aos 32 anos, o brasileiro convence os adeptos com um arranque de temporada à prova de golos.

Em quatro compromissos oficiais, Helton manteve a baliza portista inviolada. Na Supertaça, frente ao Benfica, o brasileiro fez os concorrentes directos perderam parte das esperanças. Mais uma vez, o F.C. Porto foi ao mercado contratar um guarda-redes. Kieszek juntou-se ao Beto no leque de alternativas, mas a baliza continua entregue ao mesmo dono.

«O Helton está a atravessar mais um grande momento no F.C. Porto. Recebeu um prémio do treinador e da direcção, ao passar a usar a braçadeira de capitão. Penso que está a retribuir», começa por dizer Marival Gomes, tio e procurador do guarda-redes, ao Maisfutebol.

Frente a Benfica, Naval 1º de Maio e Genk, Helton acumulou defesas de elevado grau de dificuldade, contribuindo de forma decisiva para o desfecho das partidas. Na recepção ao Beira Mar, o brasileiro teve menos trabalho mas voltou a demonstrar uma segurança assinalável, uma concentração que convenceu os adeptos mais críticos em relação ao brasileiro.

«Cinco anos, quatro vezes campeão»

Depois de Vítor Baía, o F.C. Porto volta a colocar a braçadeira de capitão no braço de um guarda-redes. «O Helton é dos mais antigos no plantel e tem demonstrado sempre respeito e profissionalismo, mesmo quando não jogou. Quando chegou, ele ficou como reserva do Vítor Baía, mas isso é um orgulho para qualquer um. Ruim é ser reserva da equipa da nossa rua», brinca Marival Gomes.

«Nos cinco anos de F.C. Porto, o Helton foi quatro vezes campeão e quer voltar a ser. Quanto à selecção, teremos de esperar para ver. O Mano Menezes chamou o David Luiz e o Hulk, craques que despontam em Portugal. Às vezes o adepto brasileiro não sabe tanto, por causa da distância, mas este ano os jogos do campeonato português estão a passar no Brasil e isso ajuda. Se o Helton fosse naturalizado português, estaria na vossa selecção. No Brasil, é mais política», desabafa o procurador do guarda-redes.

A defesa azul e branca perdeu Bruno Alves, Maicon e Rolando procuram adaptar-se e formar uma dupla coesa. Enquanto decorre o processo, com Otamendi a caminho, Helton vai resolvendo as questões mais bicudas.

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